27/07/14

25/07/14

This be the verse

They fuck you up, your mum and dad.   
They may not mean to, but they do.
They fill you with the faults they had
And add some extra, just for you.

But they were fucked up in their turn
By fools in old-style hats and coats,   
Who half the time were soppy-stern
And half at one another’s throats.

Man hands on misery to man.
It deepens like a coastal shelf.
Get out as early as you can,
And don’t have any kids yourself.

Philip Larkin

20/07/14

boas ideias

as boas ideias criam algo de novo e/ou colmatam uma necessidade existente.

19/07/14

Um fato à medida

Os serviços digitais que usamos apresentam-se como gratuitos mas não o são. Na homepage do facebook lê-se it's free and always will be. A etiqueta está escondida.

As empresas de bens e serviços têm várias formas de tornar o seu negócio rentável e a publicidade é cada vez mais uma delas. A publicidade funciona como um macaco, e os macacos sentam-se sempre no galho mais forte. O galho mais forte é o digital.

Um dos galhos mais fracos são os jornais. A sua morte anunciada - que é triste, mas faz sentido - não se deve exclusivamente ao shift nos canais publicitários. Mas é importante notar que com a morte destes formatos de comunicação tradicional, também outras formas tradicionais de publicidade irão acompanhar esta tendência. A concorrência é desleal.

Mas antes, I brought some data just for you.

A nível global, em 2012, o investimento em publicidade e em informação e entretenimento cresceu quase 6%. No rescaldo de uma crise global, os gastos em publicidade apresentam uma tendência contrária:

Europa Ocidental - 1.6%
Leste e Centro da Europa + 8,5%
América do Norte + 4.5%
Africa e no Médio Oriente + 21.3%
Asia + 8,5% (China + 16,4%)
América Latina + 13,3%

Para os próximos anos estima-se que este tendência se acentue, com a área da publicidade digital com o maior crescimento anual médio até 2017 (+ 14,7%). 


O Jornal como um objecto de luxo é uma ideia engraçada, mas realista. A imagem foi sugerida pelo CEO e fundador da Amazon, após ter comprado o Washington Post com um 1% da sua fortuna pessoal. Seguindo a mesma lógica este jornal do futuro (provavelmente impresso em seda) só terá publicidade a autoclismos de ouro que tocam free jazz quando a pressão é accionada no assento. 


A publicidade na TV ou num jornal é passível de ser ignorada - podemos sempre passar a página ou mudar de canal. No digital a coisa é mais in your face, give me all your money. Este é, claro, o sonho máximo de qualquer empresa. Não só acedem directamente aos potenciais clientes  - que lhes proporcionam de forma voluntária esse direito - como se torna inevitável assistir ao seu anúncio e ver o nome da sua marca; o que é suficiente. Cada vez mais a publicidade será intrusiva e custom-made.

Estes são os alfaiates (tailors) da publicidade. Donos eternos da nossa informação privada (emails, pesquisas, etc.), matéria-prima com que de forma indiscriminada e não regulamentada nos costuraram um fato à medida. 

E o facto é que este fato é um colete de forças disfarçado de Armani. 

O problema é que a etiqueta está escondida.

Enquanto que por um Jornal tradicional pagamos uns quantos euros, o preço de utilização de serviços como a Google, LinkedIn ou Facebook somos nós mesmos. O custo do jornal vem na capa, o da Google e afins vem diluído nos Terms Of Service

Ninguém exige que as empresas façam serviço público e não estou a sugerir um êxodo digital em massa, mas seria simpático se oferecessem a opção aos consumidores de pagar pela utilização destes serviços de outra forma, como um preço de subscrição mensal/anual em que o utilizador é proprietário exclusivo da sua informação. 

Em sua defesa estes senhores dizem o seguinte:

If you have something you don't want anyone to know you shouldn't be doing it in the first place.

Eric Schmidt 

That's not the point Eric. No entanto também eu estou(-te) grato por viver numa sociedade super segura, que transborda de empresas empenhadas no serviço público e alfaiates benfeitores.

So Don't be evil, nor a tailor.



rua eça de queiroz




14/07/14

13/07/14

quando aqui venho - à minha casa digital - passo no que aqui coloquei e começo a editar. Ou apago. É um processo chato mas necessário. é chato (e se é chato, coça. coça faz ferida. faz ferida vai ao médico. vai ao médico paga. paga é chato. é chato coça) porque constantemente reparo em aspectos que me desagradam. 

é necessário porque devemos tentar sempre fazer melhor

e há que limar arestas.

até ao próximo edit.















ou delete

Charlie Haden

um pouco do muito que fica

07/07/14

 .